Protesto contra ministro canadense em Ramallah
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Protesto contra ministro canadense em Ramallah

No dia 18 de janeiro de 2015, o Ministro das Relações Exteriores do Canadá, John Baird, foi alvo de uma manifestação em sua visita à Ramallah, cidade palestina a 10km de Jerusalém.

O ministro se encontrou com Riad Malki, o Ministro das Relações Exteriores da Palestina, para discutir um retorno às negociações com Israel sem pré-condições – como a interrupção da expansão dos assentamentos em território palestino e o fim do sitio a Faixa de Gaza.

Diversas organizações, como a Stop The Wall e outros comitês populares e partidos e até o partido al Fatah, que domina a Autoridade Nacional Palestina, participaram da organização do protesto. Os manifestantes garantiram um ato de claro repúdio, mas pacífico, apesar da enorme presença policial no local. Manifestantes atiraram ovos na delegação do ministro Braid, enquanto podia-se ler cartazes como “Baird, você não é bem-vindo à Palestina”. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes no ato.

O ministro canadense pediu à Autoridade Palestina que se desculpasse por comparar o governo de Israel ao ISIS, além de ter considerado um ‘grande erro’ e uma ‘provocação’ a decisão da Autoridade Palestina de acionar o Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Israel. O Canadá, no entanto, foi um dos países responsáveis pela criação da TPI, alegando ter orgulho deste feito e “apoiar a TPI desde o início e continuar a apoiá-la com liderança, advocacy e recursos” em página oficial do governo.

Jamal Juma', coordenador da Campanha Stop the Wall comentou: “O ministro chegou para reforçar a política do Canadá de rechaço aos nossos direitos à terra, à autodeterminação e ao retorno. Chegou para pressionar-nos a abandoar a nossa resistência, mesmo se tratando de pedir o respeito das normas internacionais por parte de Israel numa corte internacional que o Canada ajudou criar. Depois de décadas de luta e sacrifícios, demandamos a quem quer nos visitar que reconheçam nossos direitos ao invés de contribuir a sua violação.”

Essa protesto faz parte de uma série de outras protestos organizados nos últimos anos por movimentos populares palestinos contra governos e autoridades que se posicionam contrariamente aos direitos do povo palestino e outros povos do Oriente Meio e povos indígenas. John Kerry, Tony Blair e outros criminosos de guerra já foram contestados em maneira semelhante.
 

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