No seguimento da nossa última petição, a UE pôs fim ao seu contrato de aluguer de drones militares de Israel fornecidos pela Elbit Systems. Agora que a Agência Europeia para a Segurança Marítima (EMSA) quer alugar novos drones, digamos às agências europeias que não nos deixamos enganar! Não, é não!
A utilização de drones militares israelitas para aplicar as políticas mortais anti-imigração da Europa é inaceitável.
É a razão por que peço:
que a EMSA exclua os produtores de armas israelitas do concurso para este contrato;
que a EMSA só utilize os drones para objectivos civis e não para os colocar à disposição da Frontex ou outros organismos em voos securitários das fronteiras;
que a Frontex ponha fim aos seus contratos de vigilância por drones com a Airbus, IAI e Elbit.
Com os melhores cumprimentos.
Somos organizações que se uniram em um espaço de ação conjunta para um Mundo sem Muros e para liberdade, justiça e igualdade para tod@s.
Acreditamos no direito do povo palestiniano à autodeterminação e ao retorno para suas casas. Exigimos o fim da ocupação israelitas e sua versão de um ‘apartheid do século 21’. Exigimos ainda que todas as pessoas responsáveis por sua implementação e aquellas que auxiliam, incentivam e lucram com isso sejam responsabilizadas.
Acreditamos no direito das pessoas de migrar e na obrigação dos Estados de garantir a proteção, a entrada e o respeito pelos direitos humanos a todas as pessoas em trânsito. A guerra contra a migração resulta não apenas em graves violações dos direitos humanos, mas serve como uma cortina de fumaça para o crime sistêmico que constituem as políticas anti-migração da UE.
Acreditamos que a militarização das nossas sociedades, das nossas fronteiras e do Mediterrâneo para apoiar as políticas da UE que reforçam as desigualdades e a exclusão tem de acabar. Mais do que nunca, precisamos de saúde, não de guerra e políticas que redistribuam recursos para as pessoas, não para a indústria de armas e vigilância.
Nossas lutas estão interconectadas: as políticas europeias anti-migração, que em muitos casos se assemelham aos paradigmas israelita e muitas vezes são implementadas com tecnologia israelita, têm como alvo as pessoas migrantes, financiam o apartheid israelita e a ocupação militar contra o povo palestiniano e militarizam as sociedades europeias.
Portanto, nos comprometemos a trabalhar junt@s na interseção dessas lutas por justiça social anti-racista e anticolonial para construir campanhas que desafiem os laços entra a UE e Israel que prejudicam os direitos do povo palestiniano, os direitos das pessoas migrantes e que estão aprofundando as políticas de militarização.